Como edificar um trono despótico que fomenta
a desarmonia num ambiente educacional?
“Uma conspiração de estúpidos.” Finalmente,
encontro uma situação na qual se enquadra o título de John Kennedy Toole.
Porquê? Porque neste universo paralelo no
qual me deparo a escrever, a palavra “evolução” parece restringir-se à
tecnologia. Será esta a explicação para atitudes sem fundamento nem nexo como
estas que serão agora descritas? Ou será somente o ser humano que está
regredindo, em vez de progredir? Penso que essa é a única justificação para que
os referidos atuem tendo como base uma hierarquia animal, na qual o rugido mais
avassalador estabelece o rei, na qual quem menos impõem a sua presença é
inferior.
Falando desta pequena selva, não podemos
esquecer de referir a maneira mesquinha e repugnante como se comportam aquelas
que transmitiam uma aparência inócua, mas que no fundo escondiam a sua
falsidade. A partir do momento em que aquela porta se fecha, a porta da sala
dos reis da savana, inicia-se o falatório típico de pessoas sem qualquer
respeito aquando das suas vigilâncias de corredor, como se os alunos fossem
prisioneiros e os professores e auxiliares meros guardas prisionais, que zelam
pela segurança directorial. Mas está o perigo presente numa sala de aula ou
neles, aqueles que poluem com o seu modo de ser e estar toda uma assembleia
educativa, governada pela imoralidade, inconsciência e esquecendo o significado
da palavra “igualdade” e “fraternidade”?
Isto
tudo sem falar nos investimentos desnecessários à educação, porque, educação
não se baseia numa ciência ou numa tecnologia; Como educar um aluno para a sua
vida social e conjunta nestas condições? Será justo dar prioridade à tecnologia
num âmbito escolar, onde nos deparamos com casos de alunos cujos pais não
conseguem assegurar a satisfação das suas necessidades básicas? E como estar de
consciência tranquila quando se usufrui de equipamentos supérfluos ao mesmo
tempo que determinados alunos encontram no almoço fornecido pelo seu abono
familiar a única refeição quente do dia? São estas algumas das questões
ético-morais que tantas falhas apresentam
Uma constituição moral desrespeitada,
ignorada. Questões burocráticas são rainhas neste trono que se eleva a cada dia
mais, através de enganos e utilização de pessoas como se de objectos se
tratassem. Mas quanto maior a subida, maior a queda, pois quem um dia deita a
baixo, um dia cai sozinho. E nós…!!! E NÓS, comunidade escolar esquecida,
assistiremos de camarote ao FIM do império que um dia construíram!!!
Diz-se que a mudança é algo positivo.
Todavia, só o é quando se muda para algo relativamente melhor, pois de resto,
só se destrói o muito de bom que se edificara.
Nunca devemos levar tudo o que ouvimos ao
extremo. Porém, para alguns cuja função é instruir, a expressão “escola, 2ª
casa” é levada ao extremo, fazendo-se ocupar postos para os quais não estão
qualificados, mas nos quais se devem integrar para que a família se reúna de
manhã à noite.
Relembrando ainda os argumentos referidos
para a edificação do reinado, podemos afirmar que estes cometem os pecados
adulterados que levaram a leal e autêntica merecedora do cargo à crucificação. Bem,
pelo menos esta não daria prioridade a jantares que invocam atenção, deixando
por resolver e até mesmo não actuando quando uma aluna, que infelizmente não
está nas suas totais faculdades mentais, assim necessita. “Raramente está
presente na escola.” Agora sim a afirmação se aplica.
O que é uma escola? E quem a deve mover à
expansão? Certamente não é um jardim de piqueniques, no qual se juntam os
amigos aos sábados para cozinhar e se divertir, dando a palavra àquele que pela
sua prepotência/arrogância foi expulso dos campos de futebol, entrando numa
directoria executiva para actuar do mesmo modo. Está claro que o único campo no
qual se enquadra é, certamente nas plantações de café, pois a sua localização
é, constantemente, junto da máquina que expele o mesmo.
E
vocês perguntam-se: quem são os pilares desta conspiração? São um leque de
pessoas que, efetivamente são profissionais, mas não se comportam como tal e
atuam qual Hitler ou Estaline, recorrendo à repressão, mas acima de tudo,
participando de um congresso incoerente no qual a persuasão é líder, sendo esta
movida por uma pequena porção de seres sem qualquer credibilidade e aprovada
por todo um grupo de pessoas (inertes!) sem qualquer ação própria e que agem
consoante a vontade de homens e mulheres que tratam os alunos como meros
números científicos.
São pessoas mesquinhas que passam por cima de
tudo e todos para atingir os seus objetivos insólitos; Pessoas que usufruem e
utilizam os títulos ganhos à custa de atos grotescos para sobressair na
comunidade, comunidade passiva e sem autonomia que se rege pelas leis impostas
e não pelas estabelecidas.
Em suma, eu me pergunto: será esta a mensagem
que se ambiciona de uma comunidade educativa, cuja responsabilidade passa por
instruir? A transmissão de conhecimentos e também de valores, sendo, neste
caso, de baixo valor humanístico, sem caráter nem coerência. Como pode um
professor desejar a maduração dos seus alunos quando ele próprio não cumpre o
que ensina, se não tem valores, quer humanos quer ético-morais?
Pois bem, o devido retorna ao seu dono; “Aqui
está o meu nariz de palhaça”. Agora que o coloque o seu verdadeiro merecedor!
Miguel